Ainda tem gente que acredita que o artista é um "maluco beleza", capaz de viver só de pão e circo. São pessoas incapazes de enxergar um palmo diante do próprio nariz e não percebe que o verdadeiro artista é aquele que investe no seu ofício, que se aprimora conforme o processo evolutivo. Daí, cada vez mais, os administradores públicos relegam essa classe tão nobre, no sentido mais elevado do termo, ao último dos últimos. Os cachês são tão irrisórios que dá vergonha de divulgar, sendo que, todos sabemos, existe verba para paramentar produções artísticas de altíssima qualidade. O povo merece isso! Chega de tanta cultura abjeta, que só implanta a falta de pudor e empaca o pensamento da massa. Cultura é alimento também, para a alma. Um povo alimentado culturalmente é um povo dotado de conhecimento refinado, que é capaz de transformar para o bem.
A impressão que se tem é que o poder público tem receio, melhor seria dizer medo, de que o povo adquira cultura, e isso é um direito legítimo, e a partir daí passe a enxergar e a agir de forma consciente, colocando, por exemplo, no poder àqueles que realmente são capazes de exercer a função que compete a eles.
O
administrador que investe no artista com seriedade, além de ter zelo e
honra pelo patrimônio cultural do seu município, está praticando a
JUSTIÇA.
Qualquer cidade necessita de
projetos e eventos culurais de porte significativo, a população
reconhece quando os mesmos são verdadeiramente fomentados e agradece
com entusiasmo. Burrice é não crer nisso e investir em escamoteadas
pirotecnias.
A gente não quer só comida. A gente quer comida, diversão e ARTE...
Seja feita, então, a nossa vontade. Por favor!
Amém!
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